05/11/2014

Maratona HQ e suas adaptações #1

Hello, você sabe quem é V?
V é um personagem criado por Alan Moore e David Lloyd em 1982, para a mini serie V de Vingança. De acordo com Moore ele foi criado para os leitores decidirem se ele é um herói lutando por uma causa ou simplesmente um insano.
V nos é apresentado como um misterioso justiceiro anarquista que usa uma mascara estilizada de Guy Fawker e está sempre de preto. É possuidor de uma série de habilidades e recursos. Ele tenta destruir o Estado, em um distópico futuro (hoje seria para nós um passado alternativo) de 1997 em Londres, Reino Unido. Nesse meio tempo ele conhece Evey, uma garota que vem a ser tratada como sua aprendiza, sendo apresentada a requisitos de uma cultura que foi perdida por causa da guerra.
A história em si, além de ser situada num futuro de 1997 (no HQ), ela acontece numa realidade em que o partido de índole totalitária ascende ao poder após uma guerra nuclear, e a semelhança com o regime fascista é inevitável: o governo tem o controle da mídia, há uma polícia secreta e campos de concentração onde todas as pessoas consideradas “subversivas” como homossexuais, negros, judeus, entre outros foram torturadas e usadas como cobaias (onde V também foi cobaia).
Bem não vou falar mais, porque bom mesmo é ler os HQs ou ver o filme.


HQ:
A mini serie em HQ de “V de vingança” foi escrita por Alan Moore e grande parte desenha por David Lloyd, e é composta por cinco HQs, V de Vingança parte I,II,III,IV,V.
V de vingança foi publicada entre 1982 e 1983 em preto e branco pela editora Warrior, mas não chegou a ser finalizado. Em 1988, incentivados pela DC Comics, Allan Moore e David Lloyd retomaram a série e a concluíram com uma edição colorida. No Brasil, foi publicada em 1989 em cinco edições em cores pela editora Globo e mais tarde pela Via Lettera, em dois volumes em preto e branco; em 2006 teve uma edição especial pela Panini, em volume único, colorido e com material extra. Atendendo aos pedidos, em 2012 a Panini relançou esta edição especial.


Filme:
O filme foi dirigido por James McTeigue e produzido por Joel Silver e pelos irmãos Wachowski, que também escreveram o roteiro e foi lançado pela Warner Bros. Originalmente a estreia estava marcada para o dia 4 de novembro de 2005 (um dia antes do 400º aniversário da Noite de Guy Fawkes/Noite das Fogueiras), mas foi adiado para dia 17 de março de 2006. As críticas foram positivas e os ganhos de bilheteria mundial alcançaram mais de 132 milhões de dólares.
Moore depois de ter ficado desapontado com as adaptações de seus outros HQs, Do Inferno e A Liga Extraordinária, recusou-se a ver o filme e distanciou-se dele.
O elenco conta com Hugo Weaving que interpreta V, depois que James Purefoy saiu com seis semanas de gravações alegando sentir dificuldades com a máscara, e Natalie Portman como Evey Hammond.


HQ VS FILME:
No filme a história se passa em algum momento entre 2028 e 2038, quanto na mini serie se passa em 1997, isso foi alterado pelos irmãos Wachowski para caber no contexto político moderno. Mas ainda contém uma linguagem e aparência mais antiga por ser inspiração para V à Conspiração da Pólvora. Os cineastas também removeram muitos dos temas anarquistas, as referências a drogas e também alteraram a mensagem política.
Originalmente os fascistas são eleitos legalmente e mantidos no poder pela apatia geral da população, enquanto que o filme introduz o "vírus de Santa Maria", uma arma biológica projetada e lançada pelo partido Fogo Nórdico como um meio de, clandestinamente, tomar o controle do seu próprio país.
Muitos personagens também sofreram mudanças significativas, clique na imagem para aumenta-la e conseguir ler.

Minha opinião:
Quem me conhece sabe que esse filme ta na minha lista dos cinco melhores filmes que já assisti, e só depois resolvi ler as HQs, então acho que não tem muito a ser falado há não ser que eu amo a história e admiro muito o escritor da HQ e os roteiristas do filme. 
Muitos que leram as HQs antes, podem não ter gostado da diferença entre o filme e a HQ, mas para mim que vi o filme primeiro não tenho o que reclamar. 

"Lembrai, lembrai do cinco de novembro
A pólvora, a traição, o ardil
Não sei de uma razão para que a traição da pólvora
Seja algum dia esquecida."



Nenhum comentário:

Postar um comentário